segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

Fiscalização apreende 9 mil garrafas de azeite de oliva fraudado em rede de supermercados em Guaratuba e Paranaguá

Foto: Divulgação / Ministério da Agricultura e Pecuária



Testes apontaram que o produto não era azeite de oliva e que o óleo utilizado na fraude era óleo de soja. Nome da rede não foi divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.

Durante uma fiscalização, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apreendeu cerca de 9 mil garrafas de azeite de oliva fraudado numa rede de supermercados em Paranaguá e Guaratuba, no litoral do Paraná.

O produto era vendido como azeite de oliva extravirgem de origem espanhola, porém, testes feitos pelo Laboratório de Ressonância Magnética Nuclear (LabRMN) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) indicaram que o produto era óleo de soja.

Segundo o órgão, os azeites fraudados eram comercializados para o consumidor por R$ 29,99 a unidade. Com isso, quase R$ 300 mil em produtos foram retirados de circulação em uma única rede supermercadista.

Até a última atualização desta reportagem, o nome da rede não foi divulgado pelo ministério.

De acordo com o Mapa, a suspeita em relação ao produto começou após agentes notarem que as caixas onde estavam acondicionadas apresentavam inscrições em português e sem qualquer identificação do produto espanhol.

Além disso, os funcionários encontraram caixas que, segundo o órgão, aparentemente eram utilizadas pelos fornecedores das garrafas vazias para embalar o azeite fraudado.

Durante a fiscalização, foram verificados dois tipos de cápsulas de fechamento das garrafas do produto apreendido. O laudo apontou que as duas amostras possuem perfil espectral idênticos, ou seja, indica que ambas apresentavam a mesma origem.

Análise da UFPR

No laboratório da UFPR, as amostras do produto apreendido foram analisadas por meio da técnica de espectroscopia de ressonância magnética nuclear, que possui a capacidade singular de identificar a composição de óleos vegetais, incluindo o azeite.

Segundo a universidade, a conclusão da análise demorou apenas alguns segundos.

Desde 2008 o LabRM colabora com investigações, por meio de parcerias com a Polícia Federal e a Polícia Científica do Paraná para a condução de análises forenses.

Agora, conforme a instituição, o laboratório faz uma parceria com o Mapa, a fim de combater a comercialização de alimentos falsificados.

As informações são da Globo.com